domingo, 22 de agosto de 2010

O irreal não me engana


Às vezes eu me chateio por coisas tão tolas que se alguém me pergunta o que houve, nem eu sei dizer. Às vezes até sei, mas prefiro esconder.
Estava eu, trancado no meu quarto, me afogando em possibilidades que, talvez, só existam ao meu pensar. Eu mergulho de cabeça nesses pensamentos não muito bons, e o ambiente ao meu redor parece sombrio, sinto um clima pesado e um cansaço nos ombros. Eu sei que fora há uma chuva infernal que se misturaria com minhas lágrimas, caso eu estivesse lá. Minha vontade é deitar naquela cama e me entregar à tristeza que me cutuca e me chama pra abraçá-la.
Passa um tempo. Eu continuo com aquela ideia de antes, mas eu prefiro acreditar que eu estou errado. Eu prefiro acreditar na mentira, desde que seja bem contada e me faça bem, me engane.
Olho por cima dos meus ombros e vejo uma luz inconfundível iluminando a sala. É o sol. Eu acreditei no mundo que eu imaginei, mas prefiro viver a realidade. Para quê estar triste se o dia está sorrindo para mim? Agora meus ombros estão erguidos e estou indo lá fora para o sol secar estas lágrimas e absorver todo o peso das minhas costas.

Eu corri para fora antes que o sol fosse embora e esquecesse de me regar.
Minutos são suficientes.